terça-feira, janeiro 16, 2007

Vício

Sombras de ti, preenches o canto do meu olho cada vez que te procuro, assim como preenches a minha memória, assim como alimentas a minha alma! Sinto o corpo dormente, faltam-me as ideias e a irracionalidade do meu pensamento esquece-se de se esquecer de ti, apenas por um momento, só para aliviar o desconforto da tua ausência. Mas tudo pára, ignoro sons, desprezo as imagens e os movimentos, fixo-me em ti, o saber que te vou ter perto de mim enerva-me, tenho aquele nó no estômago de quem vai subir a um palco e actuar, mas não há palco e tu és a personagem principal, não representações, temos a liberdade de actuar como somos, viver como sentimos, gostar como amamos. Reservar-te para mim, desejo que ocupes sempre um espaço que para mim seja alcançável, sonho de quem não quer sonhar, é bom sonhar contigo mas eu não gosto, provavelmente porque estás longe, se sonho e não te tenho desespero, mas acredito que o tempo passará e eu viverei tudo aquilo que sonhei. Não sou de grandes organizações nem de ideias muito fixas, sou de teimosia moderada que me leva á gargalhada ou ao arrependimento, chamo-lhe moderada porque sou a utilizo com segurança ou para te fazer pirraça, e observar-te naquele teu jeito, aquele beicinho, aquele olhar semi-cerrado que se esconde e ao mesmo tempo implora por carinho. Aqueles sorrisos escondidos que só eu consigo ver, aquela alegria de viver que transmites em cada gesto, cada palavra. Aquele fascínio que me fez apaixonar por ti é aquele fascinio com que tu vês e te apaixonas pelas mais pequenas coisas da vida, pelos mais simples gestos, pelas mais curtas palavras, pelos mais sinceros sentimentos.
Diferenças substânciais que fizeram nascer este Amor, esta proeza sobrenatural, esta força superior que nos empurra um para o outro, e enquanto nos empurra nós não oferecemos resistência, quero chegar a ti, rápido, o mais rápidamente possível chegar a ti, chegar só para ti, chegar contigo a um sítio que só nós podemos alcançar. Quando páro e penso, espanta-me a banalização do Amor, a facilidade com que se ama. O Amor não dura, não tem duração, é intemporal, tem um começo mas não tem fim. O Amor não é uma vida, são duas que se juntam pra ficar! Não há muralhas ou obstáculos que o pare, é algo superior, divino talvez, não tem nada de terreno ou carnal, não é experimental, não se vê, mas mostra-se, demonstra-se, depende-se dele depois de o encontrarmos, é um vício bom e talvez o único. Não me preocupam as barreiras, não me preocupam as más intenções, não me preocupa nada, não tenho fé no Amor, porque não se acredita nele, ou vive-se ou não se vive! EU VIVO-O, EU AMO, EU AMO-TE!

3 comentários:

Anónimo disse...

"o meu vício de ti não vai passar
e não percebo porque não esmorece
ao que parece o meu corpo não se esquece.

Não me esqueci, não antevi, não adormeci, o meu vício
de ti"
(mesa - vício de ti)

(=
não esmorece, não se esquece, não adormece, não... nada! matém-se! este amor, que parece viciar! mas de forma boa!

és viciante, és... apaixonante!
aiaaaiii! estou outra vez apaixonada por ti =O

Amo-te!

Anónimo disse...

é puro akilo que vos une
quando entro naquelas fases em que penso que "ele" não existe...venho aki e tomo uma chávena de palavras acerca "dele"...e faz com que acredite de novo "nele"

"ele", o amor, existe...e está precisamente no meio de vós!

é lindo

trebaruna_666 disse...

oi
tavamos na mesma festa de anos?
qual deles eras tu?lol
obrigada pelo comentario, tens aqui um blog fixe