O meu ciclo...

A sensação de inutilidade, ausência, exclusão e inferioridade é desgastante. Suga-nos qualquer 'energia' positiva que em nós resida, descobri à pouco que é díficil ser bom quando são maus pra nós. Este é um discurso a roçar a infantilidade, mas como costumo dizer em situações destas 'caguei e andei!'. A bondade, a compaixão e altruísmo têm que ser retribuídos, ou pelo menos deviam ser, é cruel, ninguém merece. Se calhar acham estranho uma pessoa que tem apenas duas décadas de vida falar assim, sim, é estranho mesmo, mas essas duas décadas são físicas, sou mais velho, estou velho e cansado por dentro. Vivo em constante rejuvenescimento, sinto que já cheguei ao fim da minha vida várias vezes e voltei pra trás, porque achei sempre que tinha algo mais a dar, algo mais a receber. Ainda bem que o fiz, na minha última intro-regressão temporal conheci a minha 'pedra filosofal', a minha juventude eterna. Inesperadamente a minha vida mudou, ganhou um novo significado, ou melhor, ganhou um. Fazer alguém feliz, encontrar alguém que mereça a minha bondade, a minha compaixão e todo o amor que possa existir dentro de mim. Sinto-me bem agora, sinto que cresci à velocidade recomendada, sinto que nasci de novo, e nasci feliz, para viver feliz, e fazer-te feliz.

Tempo, espaço e Cª iLtd.

A dor que a tua ausência me provoca é suportável, devido ao ponto de reencontro. Locais e horas pré-definidas que são esperados e sonhados, e perdidamente desejados, duas almas que se encontram de novo esperando a união, atraem-se uma à outra, utilizam gestos e maneiras que as denunciam. Não se escondem de ninguém, nem tão pouco escondem o que sentem e querem sentir, desejos a dois, dos dois, para os dois! Não é nada físico, nem tão pouco psicológico, é sobrenatural, é intenso e acima de tudo, os dois sabem que é para sempre. Mesmo quando estou sozinho, mesmo quando não tenho ninguém pra me amparar, mesmo quando o vazio se apodera e passo noites acordado, sinto-me sempre acompanhado, amparado, amado, vivo.