sexta-feira, setembro 29, 2006

Hoje

Para além de estarmos a chegar ao fim do mês e de ser sexta-feira, este dia tem algo de especial, chegará vinda não sei bem de onde, a alegria que vai fazer com que este dia seja especial!

Senti tanto a tua falta!...

Uma semana que não queria passar, mais parecia que só nós os dois é que queríamos que o tempo corresse, voasse. Mas não, o senhor do relógio esta semana não tava numa de juntar apaixonados, nem de lamechices parvas ditas, cometidas e provocadas por um sentimento que parece existir só pra mim e pra ti. Quantas pessoas no mundo terão o prazer de sentir o que sentimos, de ser felizes como somos, de gostar como gostamos, quantas pessoas neste mundo terão o prazer de AMAR? Não serão muitas com certeza, ou este mundo seria muito melhor! "Ama-se" com muita facilidade, sem saber o que o amor realmente é!

Leiam, leiam muito, leiam Miguel Esteves Cardoso e terão uma noção aproximada do que o amor realmente é, mas não passará disso porque para saberem relamente têm que passar pela experiência!


Leiam isto...


"ELOGIO DO AMOR"

"Há coisas que não são para se perceberem. Esta é uma delas. Tenho uma coisa para dizer e não sei como hei-de dizê-la. Muito do que se segue pode ser, por isso, incompreensível. A culpa é minha. O que for incompreensível não é mesmo para se perceber. Não é por falta de clareza. Serei muito claro. Eu próprio percebo pouco do que tenho para dizer. Mas tenho de dizê-lo. O que quero é fazer o elogio do amor puro.
Parece-me que já ninguém se apaixona de verdade. Já ninguém quer viver um amor impossível. Já ninguém aceita amar sem uma razão. Hoje as pessoas apaixonam-se por uma questão de prática. Porque dá jeito. Porque são colegas e estão ali mesmo ao lado. Porque se dão bem e não se chateiam muito. Porque faz sentido. Porque é mais barato, por causa da casa. Por causa da cama. Por causa das cuecas e das calças e das contas da lavandaria.

Hoje em dia as pessoas fazem contratos pré-nupciais, discutem tudo de antemão, fazem planos e à mínima merdinha entram logo em "diálogo". O amor passou a ser passível de ser combinado. Os amantes tornaram-se sócios. Reúnem-se, discutem problemas, tomam decisões. O amor transformou-se numa variante psico-sócio-bio-ecológica de camaradagem. A paixão, que devia ser desmedida, é na medida do possível. O amor tornou-se uma questão prática. O resultado é que as pessoas, em vez de se apaixonarem de verdade, ficam "praticamente" apaixonadas.

Eu quero fazer o elogio do amor puro, do amor cego, do amor estúpido, do amor doente, do único amor verdadeiro que há, estou farto de conversas, farto de compreensões, farto de conveniências de serviço. Nunca vi namorados tão embrutecidos, tão cobardes e tão comodistas como os de hoje. Incapazes de um gesto largo, de correr um risco, de um rasgo de ousadia, são uma raça de telefoneiros e capangas de cantina, malta do "tá bem, tudo bem", tomadores de bicas, alcançadores de compromissos, bananóides, borra-botas, matadores do romance, romanticidas.

Já ninguém se apaixona? Já ninguém aceita a paixão pura, a saudade sem fim, a tristeza, o desequilíbrio, o medo, o custo, o amor, a doença que é como um cancro a comer-nos o coração e que nos canta no peito ao mesmo tempo? O amor é uma coisa, a vida é outra. O amor não é para ser uma ajudinha. Não é para ser o alívio, o repouso, o intervalo, a pancadinha nas costas, a pausa que refresca, o pronto-socorro da tortuosa estrada da vida, o nosso "dá lá um jeitinho sentimental".

Odeio esta mania contemporânea por sopas e descanso. Odeio os novos casalinhos. Para onde quer que se olhe, já não se vê romance, gritaria, maluquice, facada, abraços, flores. O amor fechou a loja. Foi trespassada ao pessoal da pantufa e da serenidade.

Amor é amor. É essa beleza. É esse perigo. O nosso amor não é para nos compreender, não é para nos ajudar, não é para nos fazer felizes. Tanto pode como não pode. Tanto faz. É uma questão de azar. O nosso amor não é para nos amar, para nos levar de repente ao céu, a tempo ainda de apanhar um bocadinho de inferno aberto.

O amor é uma coisa, a vida é outra. A vida às vezes mata o amor. A "vidinha" é uma convivência assassina. O amor puro não é um meio, não é um fim, não é um princípio, não é um destino. O amor puro é uma condição. Tem tanto a ver com a vida de cada um como o clima. O amor não se percebe. Não é para perceber. O amor é um estado de quem se sente. O amor é a nossa alma. É a nossa alma a desatar. A desatar a correr atrás do que não sabe, não apanha, não larga, não compreende.

O amor é uma verdade. É por isso que a ilusão é necessária. A ilusão é bonita, não faz mal. Que se invente e minta e sonhe o que quiser. O amor é uma coisa, a vida é outra. A realidade pode matar, o amor é mais bonito que a vida. A vida que se lixe. Num momento, num olhar, o coração apanha-se para sempre. Ama-se alguém. Por muito longe, por muito difícil, por muito desesperadamente. O coração guarda o que se nos escapa das mãos. E durante o dia e durante a vida, quando não esta lá quem se ama, não é ela que nos acompanha – é o nosso amor, o amor que se lhe tem. Não é para perceber. É sinal de amor puro não se perceber, amar e não se ter, querer e não guardar a esperança, doer sem ficar magoado, viver sozinho, triste, mas mais acompanhado de quem vive feliz. Não se pode ceder. Não se pode resistir.

A vida é uma coisa, o amor é outra. A vida dura a Vida inteira, o amor não. Só um mundo de amor pode durar a vida inteira. E valê-la também."

Miguel Esteves Cardoso in Expresso



Logo lá estarei, a ver-te sair sem que tu repares, vou me aproximar e sem me veres vais sentir a minha presença, e ainda de olhos fechados, viras-te, e juntos esqueceremos onde estamos... Vamos ficar só eu e tu a partilhar algo que é só nosso!

Amo-te!

5 comentários:

Anónimo disse...

ola =D bom é so pa dizer que amei este texto ta excelente... faz pensar nos erros que cometemos e k nao podemos mudar!... ou entao faz abrir os olhos e ver k tamos a fazer tudo mal e k ha outro caminho!! AMEI!! obrigadinha por 'o' mostrares a humanidade lool.. beijinhos e mtas mtas felicidades que sejam mto felizes... MERECEM!!!

Anónimo disse...

olá! bem k palavras tão lindas... pods crer k faz pensar mto... na vida, no amor e nos erros cometidos a vida inteira... eu então cometi bastantes no amor... ms parece k inda n aprendi c eles... pod ser k esta "lição" d vida m faça abrir um kadinhu os olhos... bigada por td... nc m vou eskecer d ti... pods ter a certeza!! ;p mtas bjokas gands e felicidds pós 2!! pois mais k ninguem mereces ser mto feliz!!

A cor das ideias disse...

E eu vivo na esperança de um dia sentir o amor dessa maneira!

Bjo grande!

Smp aqi para ti (: *

Anónimo disse...

só queria dizer que o texto tá mt forte e que nos faz pensar mt nas coisas que fazemos e que sentimos, faz pensar que hoje em dia já nada é sincero ou verdadeiro e que a poucas pessoas conseguem sentir realmente o que é o amor como voces os 2, espero do fundo do coraçao que sejam mt felizes pq merecem td de bom, e tu maluco ja sabes que te curto bue e és um grande amigo meu abraço

Anónimo disse...

amor (=

"li, num dos magníficos textos de Miguel Esteves Cardoso (um anjo feito de palavras), que descobrimos a nossa alma gémea quando a abraçamos..."
escreveu a sandrita hj, no seu blogg.

eu axo q descobri a minha, senti. tu sabes onde i kdo! a partir desse dia em q t abracei (em q m abraçaste.. abraçamo-nos! XD i eu queria ficar ali para sempre) senti! tentei fugir... mas nao csgui.

(q coisa tao lamexas possa! parece 1a musica d tony carreira ou assim.. goG. =P)

aah! ms eu entendo o q diz MEC! lalalaaa! =D (agr em relaçao ao "Elogio do amor") sim siiim!
O apetecer sair do metro em andamento (eu sei q n e possivel, vaa inees! kdo ja ta a apitar p fexar as portas =x) i entalar uma perna, puxa-la "de força" i deixar la 1 tennis (=O) i correr, descalça em direcção a ti, para q me ouças gritar de forma desesperada, cmo se nao houvesse amanhã: "ruben, AAAMOO-TEE!!" XD
(ja xega! as pessoas n têm q saber estas coisas)

e' tao forte!
i tem esse nome: amor.

eu ek te amo!
**(=